O líder do Chega afirmou em Setúbal que a regionalização "vai trazer um mar de corrupção" ao país e exigiu a realização de um novo referendo, tal como está previsto na atual Constituição da República.
"A nossa luta tem que ser muito clara. Nós temos que exigir um referendo sobre a regionalização porque, se já houve um referendo, se os portugueses chumbaram, votassem mais ou votassem menos, não é admissível qualquer processo de regionalização em Portugal sem um referendo, que, aliás é o que está agora na Constituição", disse André Ventura.
"Seremos uma voz forte e firme na Assembleia da República a dizer que, se avançarmos para isto sem referendo, não será uma vitória política; será uma golpada de secretaria que a Esquerda dará no país e na unidade nacional", acrescentou o líder do Chega, que falava numa conferencia organizada pelo Chega, com o lema "Regionalização ou Descentralização? O Chega e a identidade nacional".
Para André Ventura, a regionalização, tal como está a ser proposta pelos principais partidos, PS e PSD, "vai trazer para Portugal um mar de corrupção".
"E se hoje a nossa luta já é tremenda para enfrentar a corrupção neste país, eu não imagino o que seja distribuída por dezenas de novas instituições em Portugal, sejam eles parlamentos regionais, governos regionais ou assessores regionais", sublinhou.
Falando perante cerca de uma centena de apoiantes, o líder do Chega lembrou a "luta sem tréguas" do sei partido "contra esta multiplicação de cargos políticos".
"Fomos o único partido com coragem, em décadas, de dizer que aqueles deputados todos na Assembleia da República não fazem falta. Lembram-se que nos diziam que, quando fosse a nossa vez de eleger muitos, seríamos e pensaríamos diferente. Aqui estamos: somos terceira força política e continuo a achar o mesmo do que quando criámos este partido", disse.