O cabeça de lista do Movimento Partido da Terra (MPT) às eleições na Madeira do próximo domingo, Válter Rodrigues, considerou esta quinta-feira que "a sociedade está doente" devido aos problemas provocados pelos baixos salários.
O candidato disse que esteve esta quinta-feira a "pedir às pessoas que olhem para o MPT porque promete trabalhar ao nível dos salários, porque é a coisa mais importante neste momento, que estão mais baixos".
No âmbito da campanha eleitoral para as regionais na Madeira, que termina na sexta-feira, o MPT privilegiou o contacto com a população, tendo visitado o bairro social da Nazaré, um dos maiores aglomerados habitacionais do Funchal.
Válter Rodrigues argumentou que "não é oferecendo casas que [as pessoas] vão conseguir pagar luz, gás, renda e outras coisas", considerando que, "com um salário melhor, vão conseguir pagar as suas contas".
"A sociedade está doente devido aos ordenados serem tão baixos", sublinhou, apelando ao voto no partido porque pretende "trabalhar para as pessoas".
Nesse sentido, Válter Rodrigues disse que a primeira coisa que quer fazer, se for eleito, é lutar pela subida dos salários, "para as pessoas deixarem de estar doentes".
O candidato mencionou que notícias recentes indicam que aumentou a toxicodependência entre os jovens, referindo que uma das causas são "os ordenados serem tão baixos" que deixam esta faixa etária sem objetivos de vida e "depois metem-se nas drogas".
"Temos de acabar com isto, dando objetivos à população, demonstrando que as pessoas podem melhorar, podem ter objetivos, podem ter uma vida digna", reforçou.
O MPT esteve representado na Assembleia Legislativa Regional entre 2007 e 2015 com um deputado, mas nos últimos dois atos eleitorais não conseguiu eleger.
Às legislativas da Madeira concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.