O ciclista Rui Vinhas admitiu, esta quinta-feira, em tribunal, o uso de substâncias dopantes e a realização de transfusões de sangue, de forma a potenciar o rendimento desportivo, segundo o jornal "Record".
No âmbito do julgamento do processo "Prova Limpa", que envolve antigos dirigentes e ciclistas da W52-FC Porto, o vencedor da Volta a Portugal de 2021 assumiu a prática dos ilícitos de que está acusado.
"Quero assumir a acusação contra mim. Confirmo o consumo e posse de substâncias numa fase decadente da carreira em que o rendimento não era o mesmo. Estou extremamente arrependido", declarou.
Rui Vinhas revelou que começou a dopar-se "no ano da Covid-19", quando o seu desempenho "começou a cair", ainda de acordo com o "Record".
Julgamento arrancou na quinta-feira
Todos os 26 arguidos do processo "Prova Limpa" respondem pelo crime de tráfico de substâncias e métodos proibidos, mas apenas 14 respondem pelo de administração de substância e métodos proibidos.
Entre estes estão Adriano Teixeira de Sousa, conhecido como Adriano Quintanilha e "patrão" da W52-FC Porto, a Associação Calvário Várzea Clube De Ciclismo - o clube na origem da equipa -, o então diretor desportivo Nuno Ribeiro e o seu "adjunto" José Rodrigues.
Já Rui Vinhas, além de João Rodrigues, Ricardo Mestre, Samuel Caldeira, Daniel Mestre, José Neves, Ricardo Vilela, Joni Brandão, José Gonçalves, Jorge Magalhães e Daniel Freitas, antigos ciclistas da W52-FC Porto, respondem pelo crime de tráfico de substâncias e métodos proibidos.