Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico da SAD do Benfica, foi ouvido, esta sexta-feira, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), relativamente ao processo "e-toupeira", em que é arguido.
À saída do TCIC, Paulo Gonçalves disse estar "aliviado", depois de ter prestado declarações nas instalações do TCIC. "Estou muito aliviado. Colaborei com a justiça e esclareci tudo. Disse tudo o que tinha a dizer e sinto que cumpri o meu dever".
Questionado sobre se o antigo assessor jurídico da SAD continua com o apoio de Luís Filipe Vieira, no âmbito do caso "e-toupeira", Paulo Gonçalves respondeu: "O senhor presidente do Benfica é meu amigo".
Carlos Pinto Abreu, advogado de Paulo Gonçalves, foi curto e taxativo em relação ao inquérito: "O senhor Paulo Gonçalves respondeu a todas as perguntas e esclareceu todas as questões".
Decorre a fase instrutória do processo, que arrancou na quarta-feira, com a audição ao arguido Júlio Loureiro, escrivão e ex-observador de árbitros. Esta fase, que é facultativa para a defesa, tem como objetivo decidir se o processo segue para julgamento. Além de Paulo Gonçalves, serão ouvidas, esta sexta-feira, quatro testemunhas por ele arroladas.
Paulo Gonçalves está acusado de 79 crimes, entre eles um de corrupção ativa e outro de oferta ou recebimento indevido de vantagem. A investigação "e-toupeira" tem mais dois arguidos, além de Gonçalves e Loureiro. São eles José Augusto Silva, oficial de justiça e o único dos arguidos em prisão domiciliária, e a SAD do Benfica.
[Atualizado às 18h55]