O número de viaturas atingidas pelo escândalo das emissões é muito inferior à estimativa inicial de 800 mil, garantiu esta quarta-feira a Volkswagen.
A multinacional alemã revelou, em comunicado, algumas conclusões de uma investigação interna levada a cabo nos últimos meses.
"Depois de controlos internos e medidas completas, ficou estabelecido que em quase todos os modelos, as emissões efectivas de CO2 correspondem aos valores indicados" nas especificações técnicas, indica o grupo Volkswagen.
O maior construtor automóvel da Europa adianta que foram detectados “ligeiros desvios em apenas nove versões de modelos da marca Volkswagen” (veja aqui a lista).
A Volkswagen não indica o número concreto de viaturas equipadas com o software fraudulento, que mascarava as emissões. Apenas adianta que são fabricados “aproximadamente 36 mil veículos por ano” destes modelos.
Envolvida desde Setembro num escândalo de enormes dimensões por ter manipulado o motor de 11 milhões de automóveis para falsificar os testes antipoluição, a Volkswagen tinha revelado, no início de Novembro, que tinha descoberto que os automóveis emitiam mais dióxido de carbono, o gás mais responsável pelas alterações climáticas, do que o indicado na ficha técnica.
Na altura, a Volkswagen afirmou que esta discrepância poderia envolver cerca de 800 mil veículos, incluindo automóveis a gasolina, e que o caso envolveria custos para a empresa de cerca de dois mil milhões de euros.