A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a Europa enfrenta o risco de surtos de dengue, Zika e febre chikungunya, no verão.
Os dados da OMS revelam que, em 2023, registaram-se quase 442 mil casos de dengue só nas Américas do Norte, Central e do Sul, com cerca de 120 mortes. Metade da população mundial está em risco de contrair a doença, com previsão de cerca de 400 milhões de infeções por ano.
Há já casos relatados no sul da Europa. Itália é o país mais afetado.
O mesmo mosquito, do género Aedes - um deles, comummente chamado mosquito tigre, que está a alastrar-se pela Europa -, transmite doenças como febre chikungunya, dengue e Zika, entre outras.
"Um dos maiores desafios no controlo destas arboviroses é que os ovos de mosquito podem permanecer secos durante vários meses enquanto viajam em recipientes, apenas para eclodir num novo país dentro de poucas horas após entrarem em contacto com a água. O mosquito que espalha a doença, que morde durante o dia", explicou o chefe do programa global da OMS para o controlo das doenças tropicais negligenciadas, Raman Velayudhan, em conferência de imprensa.
A crise climática está a facilitar o alcance e a propagação dos mosquitos que transportam doenças associadas a países do hemisfério Sul. A dengue é uma doença cuja primeira contração costuma ser ligeira. Contudo, parte das pessoas que são infetadas uma segunda vez ficam em risco de morte. Não há tratamento para esta doença.