Rishi Sunak perdeu para Liz Truss, a primeira ministra demissionária, apenas há seis semanas, mas é o único que já ultrapassou a barreira das 100 nomeações necessárias para ser candidato. Contudo, o antigo ministro das Finanças ainda não anunciou oficialmente a sua candidatura, mas já ganha vantagem entre os tories.
Até ao momento, só Penny Mordant, líder da bancada parlamentar, confirmou a sua candidatura publicamente, apresentando-se como a candidata que vai unir o partido. No entanto, pelo menos para já, ainda não conta com o apoio de mais de 25 deputados.
O partido continua dividido, mas centra-se em dois nomes que, até agora, não confirmaram a candidatura, mas reúnem mais apoio.
Além de Sunak, o outro “possível” candidato regressou este sábado, interrompendo as férias na Republica Dominicana. É Boris Johnson, o ex-primeiro ministro que estará a tentar um inesperado regresso ao número 10 de Downing Street.
Membros da sua equipa dizem que já tem apoio de 100 deputados. Os números ainda não foram confirmados e, segundo a BBC, serão menos de 60 apoiantes até agora.
Há relatos de que Sunak e Johnson vão reunir, porém, é difícil perceber como podem trabalhar juntos, depois de Sunak ter sido um dos nomes que levou ao “dominó” de demissões no governo que forçou a demissão de Johnson em julho.
Há também a hipótese de que Sunak tente convencer Johnson a não se candidatar, para evitar ainda mais danos na imagem do partido, estando apenas a dois anos de novas legislativas. Além disso, muitos deputados ameaçam abandonar o partido caso Johnson regresse.
Até segunda-feira, às duas da tarde, os candidatos precisam de ter 100 nomeações de deputados. Caso apenas um chegue a esse número, será o novo primeiro ministro. Caso mais do que um candidato cumpra os requisitos, os membros do partido conservador vão ter oportunidade de votar.