Farol de esperança e principal fator para desbloquear a economia, a vacina para a covid-19 vai começar a ser inoculada no início de janeiro no grupo prioritário, que abrange 950 mil cidadãos, de acordo com o plano nacional de vacinação.
No grupo estão as pessoas com mais de 50 anos com, pelo menos, uma das patologias de risco, a ser convocados aos centros de saúde; os residentes em lares e internados em unidades de cuidados continuados, profissionais de lares e de saúde e as forças armadas e de segurança.
Os portugueses com mais de 65 anos e sem patologias de risco para a covid-19 só entrarão no processo no segundo trimestre de 2021. É um grupo de 1,8 milhões de idosos neste segundo segmento acompanhados por 900 mil pessoas entre 50 e 64 anos com doenças a merecer cuidados.
Se confirmado o ritmo anunciado de abastecimento de vacinas – 22 milhões, dadas em duas doses com intervalo de 21 a 28 dias, de acordo com indicação dos fabricantes – o resto da população entra depois numa terceira fase, sem necessidade de estratificação adicional que se prolongará ao longo de 2021.
Enquanto a task-force nomeada para aplicar o plano ultima os detalhes da operação logística sem precedentes, surgiram notícias animadoras na frente epidemiológica. O indicador de contágio (Rt) está abaixo de 1 e a tendência na região norte, a situação mais complexa, é de descida no número de casos.
Este é o pano de fundo para a análise do plano de vacinação contra a Covid-19, das circunstâncias políticas - e técnicas – da aprovação do OE2020 e do plano de restruturação da TAP com Nuno Garoupa, professor da GMU Scalia Law, Universidade de Arlington, Virginia, Nuno Botelho, presidente da ACP- Câmara de Comércio e Indústria e Susana Peralta, professora da Nova SBE.