O Barcelona, Real Madrid e Juventus emitiram um comunicado conjunto em que dão conta que vão continuar a "desenvolver o projeto da Superliga Europeia", depois de um tribunal comercial de Madrid ter obrigado a UEFA a retirar as sanções e ameaças aos três clubes fundadores e restantes emblemas que desistiram do projeto entretanto.
Os três clubes deram nota "com satisfação" da decisão do tribunal de Madrid e confirmou "o aviso à UEFA que, se não cumprir a decisão, surgirão multas e responsabilidades penais".
Nesse sentido, Barcelona, Real Madrid e Juventus dizem que "não estando mais sujeitos às ameaças da UEFA", o objetivo "é continuar a desenvolver o projeto da Superliga Europeia de forma construtiva e colaborativa, contando com a contribuição de todos os atores do futebol: adeptos, jogadores, treinadores, clubes, ligas nacionais e internacionais e federações".
No comunicado, os emblemas admitem que "estão cientes que alguns elementos da proposta podem ser alterados", mas continuam "confiantes no sucesso deste projecto que respeitará sempre a legislação da União Europeia".
Os três clubes deixam críticas à UEFA, que se "credenciou como legisladora, operadora exclusiva e única detentora reconhecida dos direitos das competições europeias, bem como organizadora. Essa posição monopolística e conflitante prejudica o futebol e seu equilíbrio competitivo".
A 7 de maio, a UEFA anunciou sanções, maioritariamente financeiras, contra os nove clubes, com os quais afirmou ter chegado a acordo, após as desculpas apresentadas e o reconhecimento do seu "erro".
Tottenham, Arsenal, Manchester City, Manchester United, Chelsea, Liverpool, Atlético de Madrid, Inter de Milão e AC Milan deixaram oficialmente o projeto da Superliga. Em seguida, concordaram com uma série de "medidas de reintegração" propostas pela UEFA.
As medidas incluíam a perda de 5% das receitas das competições da UEFA durante uma época, uma doação global de 15 milhões de euros às comunidades locais do futebol europeu ou uma multa de 100 milhões de euros.