O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, ex-secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional, nega qualquer acusação ou envolvimento com os factos relacionados com a operação "Éter", que investiga alegados atos de corrupção no Turismo do Norte.
“Quero afirmar, e sem receio de ser desmentido, que nunca fui chamado a depor nem constituído como interveniente neste processo e, portanto, refuto com total veemência qualquer ligação ao empresário José Agostinho. Nunca tive qualquer relação de sociedade, seja de uma forma direta ou de uma forma indireta”, garantiu esta quinta-feira de manhã.
O presidente da Câmara de Viseu foi hoje confrontado com uma notícia do "Jornal de Notícias", que associa o seu nome à designada operação "Éter”, mas o autarca recusa qualquer tipo de envolvimento no processo.
Como, até hoje, nunca foi notificado para depor, Almeida Henriques acredita existir uma encenação.“Já o disse e continuo a dizer: estou perfeitamente disponível para prestar as informações que a Polícia Judiciária ou o Ministério Público pretendam, no dia em que quiserem. Até hoje nunca fui notificado para o efeito. Considero que isto é uma encenação muito rebuscada, num processo com o qual nada tenho a ver”, declarou.
O autarca confirmou apenas que decorreram buscas na autarquia, porque a Polícia Judiciária procurava uma loja virtual do turismo e acrescentou que existia um protocolo com o Turismo do Norte para esse projeto, mas que não chegou a ser concretizado.
Anunciou, entretanto, que vai processar judicialmente o "Jornal de Notícias" pela manchete da edição desta quinta-feira.
A operação "Éter" está relacionada com a alegada viciação de procedimentos de contratação pública centrada no Turismo do Porto e Norte.