O primeiro-ministro, António Costa, indicou que o acordo de rendimentos e competitividade, em sede de Concertação Social, prometido nas legislativas de 2019, não será fechado em julho, como estava previsto e vais resvalar para o outono.
O líder do Executivo discursava no Congresso Nacional "Diálogos sobre a Pobreza", organizado pela EAPN Portugal, na Faculdade de Economia do Porto (FEP), quando apontou que o prazo teve de ser alterado devido à repetição das eleições do círculo da Europa.
"Este acordo absolutamente essencial para podermos estabilizar e mobilizar coletivamente para o objetivo que temos de prosseguir para melhorar a produtividade e competitividade das empresas e também de alinhar o esforço coletivo para aumentar o peso dos salários no conjunto da riqueza nacional", defendeu.
António Costa também anunciou que o Governo vai alargar a mais 70 mil agregado familiares o apoio previsto para as famílias carenciadas, para compensar o aumento do preço dos alimentos.
Trata-se de um apoio que já abrange 760 mil famílas, através da tarifa social de eletricidade, e que, no final de maio, vai alargar-se a mais agregados.
"Sabemos bem que nem todas as famílias que necessitam deste apoio estão abrangidas pela tarifa social, por não serem partes de qualquer contrato de eletricidade", justificou.