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O pneumologista Carlos Robalo Cordeiro admite como viável a adoção do período de cinco dias de isolamento para doentes com Covid-19, tal como foi anunciado esta quarta-feira pelo Governo Regional da Madeira.
Em declarações à Renascença, o médico esclarece que “a transmissibilidade é maior nos dois dias antes de se iniciarem os sintomas e, sobretudo, nos três dias após esses sintomas se iniciarem e, portanto, os cinco dias dão essa proteção para que se possa ter um teste positivo e os tais cinco dias a seguir a essa positividade para isolamento de quem está infetado e, relativamente aos contactos”.
Robalo Cordeiro defende, por outro lado, “uma diferenciação entre as pessoas que estão vacinadas e as que não estão vacinadas ou que têm risco significativo de doença, quer pela idade, quer por condições de saúde que possam ter”.
Clássico no Dragão? “Usem máscara”
Na véspera do segundo clássico no espaço de uma semana entre FC Porto e Benfica, desta vez para a I Liga, Portugal fixou um novo recorde absoluto de infeções por Covid-19 desde o início da pandemia.
É esperada casa cheia no estádio do FC Porto num dia em que haverá greve no Metro do Porto e a estação do Dragão estará encerrada.
Para muitos adeptos, a solução passará pelo recurso a outros transportes públicos, como os autocarros, para chegar ao estádio.
Um cenário que aumenta o risco de infeção: “deslocando-se em transportes, o risco é maior e aquilo que se pode recomendar é que as pessoas usem máscara na deslocação e no acesso ao Estádio do Dragão e que usem máscara durante o jogo”, apela Robalo Cordeiro.
Teste ideal? 12 horas antes do evento
De acordo com as regras atualmente em vigor, a entrada em recintos desportivos só é possível mediante a apresentação de um teste Covid negativo.
Carlos Robalo Cordeiro sugere que essa testagem seja realizada o mais perto possível da hora do jogo, “nas 24 horas ou, de preferência, nas 12 horas anteriores para se perceber essa negatividade”.
Além disso, prossegue o médico, “era importante que as pessoas estivessem vacinadas, porque os testes não são completamente infalíveis, nomeadamente os de antigénio”.