As autoridades moçambicanas atualizaram esta segunda-feira para 98 o número de vítimas mortais na sequência do naufrágio ocorrido no domingo na província de Nampula, norte de Moçambique.
"Neste momento temos um total de 98 óbitos, 13 sobreviventes e os restantes estão desaparecidos", disse à Lusa a porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Nampula, Rosa Chauque.
A bordo estariam cerca de 130 passageiros, uma lotação muito acima do permitido para “uma embarcação de pesca que não está vocacionada para carregar pessoas”, como explicou Silvério Nauaito, administrador da Ilha de Moçambique.
De acordo com as primeiras informações, os passageiros estariam a fugir de Lumbo para a Ilha de Moçambique, devido a um alegado surto de cólera.
As vítimas morreram na sequência do naufrágio de uma embarcação que saía do posto administrativo de Lunga com destino a Ilha de Moçambique, avançou Jaime Neto, acrescentando que as autoridades suspeitam que a sobrelotação tenha sido o motivo do naufrágio.
"O barco levava cerca de 130 pessoas, mas não tinha capacidade para tal. Portanto, naufragou. Os corpos já foram reconhecidos", declarou Jaime Neto, citado à noite pela Televisão de Moçambique (TVM).
Segundo o responsável, as autoridades do posto administrativo de Lunga, a 189 quilómetros da cidade de Nampula (capital provincial), estão a fazer diligências para localizar pessoas que continuam desaparecidas.
"É uma situação complicada e posto administrativo de Lunga está a fazer algumas diligências para localizar outras pessoas que estavam na embarcação", concluiu Jaime Neto.
[notícia atualizada às 10h40 de 9 de abril de 2024]