A GNR desmantelou uma fábrica ilegal de tabaco nos concelhos de Lisboa e Sintra e apreendeu cerca de 26 toneladas de tabaco, no valor comercial de 1,5 milhões de euros, indicou hoje a corporação.
Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana refere que o desmantelamento da fábrica ilegal de produção e embalamento de tabaco de mascar foi feito pela Unidade de Ação Fiscal da GNR, numa operação que decorreu nos dias 10 e 11 de janeiro.
Segundo a GNR, a investigação decorria há seis meses e os militares desta força de segurança apuraram que os suspeitos recorriam a empresas relacionadas com a compra e venda de produtos alimentares, "procedendo de forma dissimulada à aquisição de elevadas quantidades de produtos de tabaco provenientes de países terceiros e também de países europeus para posteriormente armazenar, embalar e introduzir fraudulentamente no mercado nacional, não pagando os impostos devidos".
A GNR refere que durante a operação foram realizadas quatro buscas, duas domiciliárias e duas não domiciliárias em viaturas, que resultaram na apreensão de 26 toneladas de tabaco triturado e tabaco de mascar, diversas máquinas de trituração e embalamento de tabaco, várias embalagens para armazenamento do tabaco de diferentes marcas, duas viaturas ligeiras de passageiros, equipamentos informáticos e seis mil euros em numerário.
Os militares da GNR apreenderam ainda documentação alusiva aos transportes de tabaco e elevadas quantidades de produtos aromatizantes para misturar com o tabaco.
A GNR sublinha que o valor comercial dos produtos de tabaco apreendidos ascende a 1,5 milhões de euros, sendo que, a sua comercialização ilícita teria causado um prejuízo ao Estado num valor de cerca de seis milhões de euros em sede de Imposto sobre o Tabaco e Imposto sobre o Valor Acrescentado.
No âmbito desta operação, quatro homens foram constituídos arguidos, estando indiciados pelos crimes de contrabando qualificado e introdução fraudulenta no consumo qualificada.
Esta operação contou com sete dezenas de militares da Unidade de Ação Fiscal, com reforço da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras (UCCF) e com a colaboração de equipas de segurança e cinotécnicas da Polícia de Segurança Pública.