A economia dos Estados Unidos sofreu uma contração de 32,9% no segundo trimestre do ano devido à pandemia de Covid-19, naquela que é considerada a maior queda desde a Grande Depressão.
A atividade económica foi fortemente atingida por uma descida a pique do consumo e do investimento, numa altura em que o número de casos do novo coronavírus não pára de aumentar.
A queda do PIB foi a maior desde que há registos, em 1947, e triplicou o recorde anterior de 10 pontos, ocorrido no segundo trimestre de 1958.
No primeiro trimestre deste ano, a economia norte-americana já tinha contraído 5%.
Tudo somado, mais de cinco anos de crescimento foram anulados nos primeiros seis meses de 2020, por causa da pandemia de Covid-19.
De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira, abril foi o pior mês do ano, devido à suspensão da atividade de muitos negócios no âmbito das medidas para conter o avançado da Covid-19.
Na semana passada, mais de 1,4 milhões de pessoas inscreveram-se nos centros de emprego, um ligeiro aumento em relação à semana anterior.
Neste cenário de crise, aumenta a pressão sobre a Casa Branca e o Congresso para aprovarem um segundo pacote de estímulos económicos.
“A economia americana acelera em direção a um abismo fiscal. Não só precisamos que os americanos tomem medidas sérias para travar a doença, mas também precisamos que o Congresso dê luz verde, rapidamente, a um novo pacote de estímulos”, disse à agência Reuters o professor de Finanças, Jason Reed, da Universidade de Notre Dame.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evocou, esta quinta-feira, a possibilidade de as eleições presidenciais de novembro serem adiadas.
Em publicação no Twitter, Trump sustentou a sugestão com a alegação de existência de riscos de fraude ligadas à pandemia de Covid-19.
Os Estados Unidos ultrapassaram as 150 mil mortes associadas à Covid-19.