O diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) confirma à Renascença que o fim do IVA Zero não está a fazer os consumidores acumular produtos e poupar dinheiro no novo ano.
Gonçalo Lobo Xavier afirma que não se está a ver “um aumento significativo do consumo por parte dos clientes” devido ao fim do IVA Zero, previsto para 4 de janeiro. Entre as razões, pode estar o tipo de produtos abrangido.
“Estamos a falar de um conjunto de produtos que são maioritariamente frescos e o consumidor entende, provavelmente, que não vale a pena fazer “stock” desses produtos”, declara o responsável da APED.
O diretor-geral da associação representativa das empresas distribuidoras acredita ainda que “os orçamentos das famílias estejam bastante pressionados”, não existindo disponibilidade financeira para gastar mais agora.
Para a APED, “colocar o IVA a zero não é suficiente para termos uns preços mais estagnados”, apesar de ser “importante para o consumidor” ter a redução de preços num conjunto alargado de produtos.
“Se isso não for combinado com políticas, como aquelas que existiram, de apoio à produção nacional”, não é possível “atingir o efeito pretendido”, considera Gonçalo Lobo Xavier.