A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, apresentou demissão, mas o chefe de Estado não aceitou. Este pedido ocorre na sequência das eleições legislativas francesas de domingo.
A France Presse, que cita fontes do Eliseu, indica ainda que Emmanuel Macron vai procurar com "os líderes do partido (coligação que apoia o chefe de Estado) soluções construtivas", após o resultado das eleições.
O presidente francês vai enfrentar o segundo mandato sem a maioria absoluta parlamentar de que dispunha anteriormente, que perdeu na segunda volta das legislativas de domingo.
A união de partidos de esquerda é a primeira força da oposição, enquanto a extrema-direita liderada por Marine Le Pen conseguiu um resultado histórico.
As forças coligadas que apoiam a política do Palácio do Eliseu perderam mais de uma centena dos 350 deputados que tinham e ficam longe dos 289 lugares que permitiriam a força política necessária na Assembleia Nacional.
A Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES), liderada por Jean-Luc Mélenchon e que é composta pelo partido França Insubmissa, socialistas, comunistas e ecologistas triplicou o número de deputados em relação aos resultados das últimas eleições gerais.
O Parlamento francês está mais dividido do que nunca, num sistema que prima por maiorias e que obriga o chefe de Estado a negociar apoios externos.