O plano de mobilidade para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vai ser apresentado aos empresários e comerciantes de Lisboa na próxima segunda-feira, no cinema São Jorge, em Lisboa.
Esta iniciativa do sistema de segurança Interna e da Câmara de Lisboa em colaboração com a PSP vai integrar as associações de comerciantes, das empresas de Distribuição e dos transportes de passageiros.
Rui Pinto Lopes, presidente da Associação Rodoviária de Transportadores Pesados de Passageiros, acha "muito estranho" que o setor não tenha sido consultado.
"E também achamos totalmente contraproducente termos um plano de mobilidade para um evento com as características da Jornadas Mundial da Juventude, um evento Internacional que vai agregar algumas centenas de milhares de pessoas em Lisboa, ser apresentado, a poucos dias do início do evento", diz Rui Pinto Lopes
O presidente da associação, que representa 200 empresas de autocarros, receia que a apresentação do plano - tão em cima da hora - não permita correções.
Rui Pinto Lopes disse, à Renascença, estar "muito preocupado" com o número de autocarros em Lisboa durante a primeira semana de agosto.
As estimativas apontam para entre 4 a 5 mil autocarros em Lisboa durante a Jornada Mundial da Juventude.
"4.000 autocarros dá para preencher quatro faixas da ponte Vasco da Gama de uma ponta à outra", explica.
Para Rui, "meter estes autocarros em simultâneo em Lisboa, parqueá-los durante o dia enquanto está a decorrer a Jornada, ter atenção às condições dos motoristas durante aquelas horas todas, com temperaturas que podem atingir os 35 graus, com necessidades de terem sítios com ar fresco, com acesso a água com acesso a casas de banho" não será tarefa fácil.
"Tenho as minhas sérias dúvidas, mas vamos aguardar por segunda-feira", remata.