Polícias contra polícias na Catalunha
01-10-2017 - 17:56

Sobe para 465 o número de feridos este domingo, dia de referendo pela independência.

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Em dia de referendo, os Mossos d'Esquadra (polícia catalã) e elementos da Guardia Civil protagonizaram alguns momentos de tensão.

Os Mossos tinham ordens para impedirem a votação no referendo sobre a independência da Catalunha, mas há muitas informações sobre a sua atitude de passividade.

A Procuradoria-Geral de Espanha vai agir contra os Mossos d’Esquadra por entender que a polícia regional da Catalunha agiu como uma “polícia política”, por não ter acatado a ordem de fechar várias assembleias de voto no referendo catalão.

Registaram-se já várias intervenções da polícia e os serviços de emergência atenderam até ao momento 465 pessoas.

Fontes da Procuradoria-Geral do Estado espanhol citadas pelo jornal “El País” manifestaram o seu “mal-estar” quanto à actuação dos agentes da polícia autonómica por “terem atraiçoado a confiança que os juízes e os procuradores depositaram neles até ao último momento”.

Desde sexta-feira que várias escolas – designadas pelo Governo regional como assembleias de voto do referendo de hoje - estavam ocupadas por pais, alunos e residentes na Catalunha, para garantir que os locais não eram fechados pelas autoridades.

Ainda assim, os Mossos d'Esquadra (polícia catalã) fecharam dezenas de colégios eleitorais, embora em alguns locais se tenham limitado a registar a concentração popular e saído sob aplausos da população.

Face à inacção da polícia regional em alguns locais, foram chamadas a Guardia Civil e a Polícia Nacional espanhola. Foram estes corpos de polícia de âmbito nacional que então protagonizaram os maiores momentos de tensão para tentar impedir o referendo.