Cerca de 20 países da União Europeia (UE), incluindo Portugal, propuseram, esta quinta-feira, a candidatura de Tedros Adhanom Ghebreyesus à sua própria sucessão na liderança da Organização Mundial da Saúde (OMS), pouco antes do final do prazo limite.
Os Estados-membros da OMS deveriam designar os candidatos até às 18h00 locais (17h00 em Lisboa). Na quarta-feira, a Alemanha tinha oficialmente anunciado que proporia a recondução de Tedros, que parece surgir como o único candidato.
Apesar de Tedros ainda não ter oficializado a sua candidatura, o apelo de Berlim foi atendido, e, esta quinta-feira, cerca de 20 países da UE propuseram a candidatura do médico etíope, indicaram fontes diplomáticas citadas pela agência noticiosa AFP.
Cada um destes países, onde se inclui Portugal, e ainda a Áustria, França ou Espanha, entregaram um envelope selado à OMS.
Estes envelopes não serão abertos pela OMS antes de 1 de outubro. De seguida, e passadas algumas semanas, a lista de candidatos será transmitida aos Estados-membros da organização antes de serem divulgados publicamente.
Tedros Adhanom Ghebreyesus tornou-se, em 2017, o primeiro africano a assumir a chefia desta poderosa agência da ONU, na primeira linha desde o início da pandemia, e tornando-o numa das figuras mais familiares da luta contra a pandemia da Covid-19.