A presidente da junta de freguesia de Ramalde, Patrícia Rapazote, defende que há situações de criminalidade que não chegam à polícia e que isso pode justificar os números revelados pela PSP, que indicam a existência de uma diminuição da criminalidade violenta e grave, apesar do aumento da criminalidade geral na freguesia do Porto.
“Os dados que a polícia tem são esses. E se calhar as pessoas sentem as coisas de uma maneira diferente e se calhar nem todos, ou raramente, vão à polícia fazer participação”, declarou Patrícia Rapazote à Renascença.
Contrariando a perceção transmitida pela força de segurança, a presidente da junta de Ramalde garante que as queixas dos moradores sobre situações de criminalidade têm sido diárias.
“Eu recebo todos os dias emails de pessoas a relatarem situações de roubos nas suas viaturas, furtos nos anexos de suas casas, nas garagens, nas arrecadações”, sublinhou a autarca.
Perante os relatos de moradores de situações de crime e insegurança, a PSP negou o aumento da criminalidade violenta e grave nas freguesias de Santa Maria Maior, em Lisboa, e de Ramalde, no Porto.
A PSP realçou em comunicado que, segundo a análise dos dados estatísticos que tem, na freguesia de Ramalde existiu, "de facto, um aumento da criminalidade geral", mas "a criminalidade violenta e grave diminuiu, o que importa sublinhar publicamente".
A PSP, a autoridade competente para policiamento em Lisboa e no Porto, assegurou que analisa, "diariamente, os indicadores estatísticos na sua área de responsabilidade" para "orientar os seus recursos de acordo com as áreas mais afetadas por determinados tipos de fenómenos criminais".