A partir desta quarta-feira, os trabalhadores qualificados e estudantes estrangeiros, com o esquema de vacinas contra a Covid-19 completo, podem entrar na Austrália, após quase dois anos de encerramento da fronteira devido à pandemia.
A reabertura parcial estava prevista para o início deste mês, mas a descoberta da variante Ómicron do novo coronavírus levou as autoridades australianas a adiar a medida por duas semanas.
"Temos de viver com o vírus. Não vamos recuar. Temos uma das mais altas taxas de vacinação, por isso podemos combater [a variante]. Não vamos desistir", disse o primeiro-ministro Scott Morrison, numa entrevista à emissora 4BC.
A Austrália, que administrou a orientação completa da vacina a cerca de 90% da população com mais de 16 anos, começou uma lenta reabertura, em novembro, depois de um rigoroso confinamento.
A flexibilização das medidas fronteiriças visa aliviar a escassez de trabalhadores, especialmente nos setores mineiro e agrícola.
A educação é também um importante motor para o país, com as universidades a estimarem perdas decorrentes do encerramento da fronteira em cerca de 2,5 mil milhões de euros, principalmente devido a uma queda no número de estudantes estrangeiros.
Cerca de 235 mil estrangeiros têm vistos de entrada no país, 133 mil dos quais são estudantes internacionais, de acordo com dados governamentais.
A Austrália também lançou uma bolha de viagens sem quarentena com o Japão e a Coreia do Sul.
O país oceânico, com 25 milhões de habitantes, acumulou 231.000 contágios e cerca de 2.072 mortes desde o início da pandemia, números muito baixos em comparação com outros países de dimensão semelhante.
A pandemia provocou pelo menos 5.311.914 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.