Querendo tirar partido da onda negativa que tem vindo a abalar o Benfica, o treinador Carlos Carvalhal saiu de Braga e desceu até Lisboa vestido da enorme ambição de acentuar ainda mais a crise da equipa comandada por Jorge Jesus.
O técnico minhoto terá considerado irrelevante a circunstância de os seus jogadores terem menos dois dias de descanso do que o seu adversário da Luz e, ao mesmo tempo, imaginado que o seu bom momento bastaria para repetir os insucessos que têm marcado os últimos tempos da vida do clube da águia.
Carlos Carvalhal enganou-se redondamente e o atrevimento que pretendeu expressar no desafio mais apelativo da jornada custou-lhe caro e aos seus jogadores.
Ao Benfica foi dado todo o espaço que lhe foi negado nos últimos jogos e, a partir daí, tornou-se possível construir uma das maiores goleadas do campeonato.
Mérito dos encarnados que souberam aproveitar, ficando apenas por se saber se a noite gloriosa de ontem no Estádio da Luz poderá ter sido o arranque para um tempo novo que transporte a equipa para exibições diferentes e resultados também diversos.
Mérito tiveram igualmente o Futebol Clube do Porto e o Sporting de Clube de Portugal que venceram, como se esperava, os adversários que lhes couberam em sorte.
Na ressaca de uma eliminação precoce da Taça da Liga, os portistas encararam o jogo de Ponta Delgada com muita seriedade e profissionalismo, e disso extraíram os respetivos benefícios.
Foi uma exibição convincente dos dragões, que lhes permitiu estar sempre por cima e chegar a um resultado que reflete a verdade do jogo.
O Sporting não tinha um jogo fácil na capital do móvel onde, até agora, apenas o Estoril Praia conseguira vencer.
Sem ter conseguido uma exibição deslumbrante na primeira parte, os leões foram diferentes, para melhor, no segundo tempo, tendo aí obtido os dois golos que ficaram como registo do seu triunfo sobre os pacenses.
Obtendo a sua oitava vitória, o Sporting confirmou-se como uma equipa credível, justificando a sua posição cimeira na tabela classificativa, e reforçando a esperança dos seus apaniguados de que esta será uma temporada suscetível de ficar marcada com os mesmos sinais da época anterior.