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O porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, desafia a Antram, associação que representa as empresas, para uma reunião, a ter lugar na quinta-feira, mas não desconvoca a greve, para já.
O repto foi lançado ao terceiro dia de paralisação dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias, que começou na segunda-feira.
“Lanço um desafio público à Antram. Amanhã, às 15h00, possa estar na DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho] para falar connosco. Eu vou estar lá para nos sentarmos à mesa encontrarmos uma proposta que agrade às duas partes para terminar isto”, disse Pardal Henriques aos jornalistas, em Aveiras.
O porta-voz do SNMMP quer "fazer uma conciliação" com a associação que representa as empresas do setor. "Estamos dispostos a alcançar um entendimento com cedências de parte a parte", sublinhou.
O advogado e negociador do SNMMP defende que é preciso “terminar com esta palhaçada que está aqui a viver”. Se a paralisação continuar a responsabilidade é da Antram e do Governo, acusa Pardal Henriques.
“Se o dr. André Almeida e a Antram não tiverem a consciência daquilo que estão a provocar ao país e a estas pessoas e às suas famílias, e o Governo se não fizer o trabalho de incentivar a Antram a fazer terminar com esta palhaçada que se está aqui a viver, então a responsabilidade daquilo que virá daqui para a frente cabe exclusivamente à Antram, ao Governo e ao dr. André Almeida [advogado da Antram], que tem proferido expressões lamentáveis contra os motoristas”.
Sobre as consequências da greve, o porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas alerta que "a tendência é para piorar" e que "o caos venha a aumentar".
"O caos vai aumentar porque os postos vão ficar secos", declarou Pardal Henriques.