Combustíveis. ANTRAM e sindicatos voltam a negociar contrato coletivo de trabalho na sexta-feira
02-05-2019 - 13:57
 • Renascença com Lusa

Entre as reivindicações dos motoristas de matérias perigosas está um salário de 1.200 euros, um subsídio de 240 euros e a redução da idade de reforma.

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) vão dar início, esta sexta-feira, a um novo processo negocial para rever alguns pontos do contrato coletivo de trabalho.

“Conforme estava acordado aquando da assinatura do contrato coletivo de trabalho, celebrado entre a ANTRAM e a Fectrans, em setembro de 2018, as partes irão dar início a um novo processo negocial com vista à revisão de alguns aspetos contratuais”, indicou, em comunicado, a associação empresarial.

De acordo com a ANTRAM, seis meses após a aplicação do novo contrato coletivo de trabalho, “importa clarificar algumas matérias que têm sido alvo de apreciação no âmbito da comissão paritária, bem como ajustes estruturais”.

A primeira reunião terá lugar na sexta-feira, pelas 9h00, na sede da ANTRAM, em Lisboa.

Na segunda-feira, a ANTRAM esteve reunida, no Ministério das Infraestruturas, com o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), sob a mediação do Governo, representado pelo advogado Guilherme Dray, para negociar uma proposta de contrato coletivo de trabalho.

À saída do encontro, o assessor jurídico e vice-presidente do sindicato, Pedro Pardal Henriques, lamentou que a associação que representa os patrões não estivesse preparada para as negociações, dando-lhe sete dias para responder às reivindicações.

O SNMMP fez um ultimato à ANTRAM. Se até dia 7 de maio não obtiverem resposta positiva às suas reivindicações, avançam para novas formas de luta, incluindo a greve.

Entre as reivindicações dos motoristas de matérias perigosas está um salário de 1.200 euros, um subsídio de 240 euros e a redução da idade de reforma.

Por sua vez, o vice-presidente da ANTRAM, Pedro Polónio, admitiu, na altura, que a associação não levou respostas, tendo em conta que não tinha tido acesso a uma proposta integral e que o calendário definido não obriga a respostas imediatas.

O responsável considerou ainda que a hipótese de uma nova greve é prematura e que quebra o acordo de paz social definido com a ANTRAM.


[notícia corrigida - Pedro Pardal Henriques ainda é formalmente vice-presidente do SNMMP]