Calor gera o dia com maior número de ocorrências médicas no Rock in Rio
23-06-2024 - 22:29
 • Maria João Costa

Mais de 250 ocorrências médicas e uma evacuação para um hospital. É o balanço provisório do último dia de Rock in Rio Lisboa, no Parque Tejo. Sensações de desmaio, queimaduras na pele, desidratação são algumas das situações registadas.

Tem 14 anos, e chega pela mão de um dos bombeiros que anda pelo recinto do Rock in Rio. O jovem com ar pálido entra no hospital da cidade do rock para se juntar a uma dezena de outras pessoas que estão a ser socorridas pela equipa do hospital instalado dentro do Rock in Rio Lisboa.

Lá fora, o calor, o sol intenso e o pó fizeram do último dia do festival o mais complicado em termos de ocorrências. À hora da entrevista com a Renascença, o enfermeiro Bruno Matos já contabilizada para cima de 250 situações e o concerto da noite ainda não tinha começado.

“Tivemos momentos de algum pico de ocorrências, mas completamente controlado pelo dispositivo”, explica-nos este profissional da Lusíadas Saúde que acrescenta que para este último dia de evento em que se previa uma subida da temperatura já tinha “ajustado o dispositivo”, prevendo que poderia haver mais casos a socorrer.

“Tivemos cerca de 250 ocorrências” aponta, explicando que para a hora, este era “o dia com mais ocorrências”.

Questionado sobre se todos os casos foram tratados dentro do hospital do rock, Bruno Matos indica que tiveram de fazer uma evacuação para um hospital.

“Hoje as ocorrências tiveram mais a ver com o calor, pessoas mais expostas ao sol, pele queimada. Tivemos de andar a distribuir protetor solar e água. Houve algumas sensações de desmaio devido ao calor e pouca hidratação”, detalha oprofissional.

Lá fora, a falta de sombras no recinto levou à maioria dos casos, mas houve outras situações a que a equipa médica teve de responder. Num dia em que a capacidade do recinto voltou a esgotar, com 80 mil festivaleiros no Parque Tejo, registaram-se também casos de “irritação ocular”, devido ao pó que o vento levantava e “escoriações e bolhas nos pés”, remata o enfermeiro de serviço.