O secretário-geral do PCP defendeu esta sexta-feira que quem não rejeitar o programa do XXIV Governo Constitucional, "dele fica aprisionado", considerando que só se pode esperar deste executivo "retrocesso e mais exploração".
"O programa do Governo que aqui discutimos não deixa dúvidas e sobre ele exige-se clareza. Não se pode ficar a meio da ponte: ou se rejeita, ou dele se fica aprisionado", declarou Paulo Raimundo no encerramento do debate do programa do XXIV Governo Constitucional, numa alusão à moção de rejeição ao documento apresentada pelo PCP.
O líder comunista considerou que, "se ainda havia dúvidas sobre um Governo que procura já justificações para não cumprir o que ainda há dias prometeu a vários setores de trabalhadores, o debate em torno do seu programa foi esclarecedor".
"Ficou claro que, da ação do Governo, só se esperar aquilo que verdadeiramente o inspira: retrocesso e mais exploração", defendeu.
Paulo Raimundo sublinhou ainda que, durante o debate parlamentar, que começou na quinta-feira, "ficou à vista de todos que, para lá das manobras e aparentes divergências, PSD, CDS, Chega e IL estão unidos nesse caminho e nas políticas expressas no programa do Governo."
"Queremos reafirmar que não contam com o PCP para alimentar falsas polémicas, para a coberto do acessório disfarçar medidas ao serviço dos grupos económicos e financeiros, os tais que se acham donos disto tudo, os reais beneficiários da política de direita e desde já do programa e das medidas anunciadas pelo Governo", afirmou.