O presidente da Associação Portuguesa de Asmáticos, Mário Morais de Almeida, admite que os números mais recentes revelam que há cada vez mais mortes por asma em Portugal.
Em entrevista à Renascença, no dia em que se assinala o Dia Mundial da Asma, Mário Morais de Almeida admite que "numa percentagem pequena, mas ainda se morre de asma em Portugal".
"Em alguns casos, ainda afeta pessoas jovens, há adultos jovens que morrem por asma, algo que não deveria acontecer".
O presidente Associação de Asmáticos realça que há um problema de diagnóstico em Portugal: "Pelo menos metade dos asmáticos de todos os grupos etários não estão controlados e isto significa que não passam bem durante o dia, não passam bem durante a noite".
Mário Morais de Almeida refere que "falta também uma abordagem em termos de controlo", ou seja, é preciso tratar "a asma evitando a exposição ao tabaco, evitando a exposição aos alegérnios, promovendo a prática de exercício físico, tendo uma boa dieta e depois também se trata com medicamentos, mas é muito mais do que só medicamentos".
Numa primeira fase, a pandemia motivou a atenção dos utentes para as doenças respiratórias. "As pessoas foram muito cumpridoras", diz, sublinhando, contudo, que este cenário tem sido revertido nos últimos meses, algo que se reflete nas urgências dos hospitais, onde cada vez chegam mais pacientes asmáticos "de todas as idades, em particular no caso da pediatria".
Mário Morais de Almeida admite que o número de asmáticos tem vindo a aumentar, sobretudo nos mais novos. "Em cada ano, em cada mês são sempre, mais crianças que vão sendo diagnosticadas com asma. É importante reconhecer diagnosticar", sublinha.