A Argélia decretou três dias de luto nacional por causa dos violentos incêndios que assolam o norte do país e que, de acordo com o mais recente balanço, provocou, pelo menos 69 mortos, esta quarta-feira, entre eles 20 militares.
O balanço inicial apontava para 28 soldados e 37 civis mortos nos incêndios que deflagraram na noite de segunda-feira em Kabylia, na região de Tizi Ouzou.
Posteriormente, a agência de notícias argelina APS deu conta de mais quatro mortes, sem mencionar se se tratava de civis ou militares.
Já o portal de informação francófono Tout sur l'Algérie (TSA), aponta para 20 desaparecidos.
Face a este cenário, o presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, decretou três dias de luto nacional e as mesquitas do país vão dedicar a oração da sexta-feira à memória das vítimas.
A Argélia enfrenta uma onda de calor extremo, com ventos que aceleram a propagação das chamas, o que está a dificultar o trabalho dos bombeiros e das equipas de resgate.
O porta-voz da Proteção Civil argelina, Nasim Barnaui, disse esta quarta-feira que há perto de 70 focos de incêndios ativos em 17 localidades.
Os mais preocupantes são na região de Tizi Ouzou, que foi, também, a que registou o maior número de vítimas mortais.
A Argélia é afetada todos os anos por incêndios florestais. No ano passado arderam cerca de 44 mil hectares de vegetação.
Segundo o Instituto meteorológico argelino, a onda de calor extremo no Magreb vai continuar até 15 de agosto, com temperaturas que podem ir até aos 46 graus.