Covid-19. Hospital de Almada pede à população que vá primeiro ao centro de saúde
24-01-2021 - 18:53
 • Renascença

Hospital Garcia de Orta está com uma taxa de ocupação de 309% e pede aos doentes que recorram primeiro aos centros de saúde, deixando os casos mais graves para a unidade hospitalar.

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O Hospital Garcia de Orta (HGO) apela à população de Almada e Seixal para que a população recorra primeiro, em caso de doença, aos centros de saúde e médico de família, devido à sobrelotação da unidade hospitalar, que está com uma taxa de ocupação de 309%.

"Em caso de sinais e sintomas compatíveis com doença respiratória, a população deve dirigir-se primeiro às áreas dedicadas para doentes respiratórios – ADR - dos Centros de Saúde - reservando as situações mais complexas, graves, agudas e urgentes para serem assistidas no hospital", pode ler-se no comunicado do hospital.

A unidade hospitalar situada em Almada "verifica novamente um crescimento dos doentes internados em enfermaria, positivos para a infeção por SARS-CoV-2, ajustando uma vez mais a lotação afeta à Covid-19, de modo a acomodar a necessidade do número de doentes internados".

Este domingo, o Hospital Garcia de Orta regista 204 infetados com covid-19, dos quais 177 estão internados em enfermaria, 19 doentes em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e 8 doentes internados em Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD).

A unidade hospitalar explica que contina no nível III do seu Plano de Contingência e apresenta uma taxa de ocupação de 309%, que previa 66 camas em enfermaria e 9 de cuidados intensivos destinadas a doentes com covid-19.

"O Hospital Garcia de Orta agradece, uma vez mais, o elevado esforço, dedicação e compromisso dos seus profissionais. O Hospital continuará a adotar as soluções adequadas para aumentar a capacidade de resposta aos doentes", esclarece ainda o hospital, que garante expandir no final de janeiro a área dedicada a doentes respiratórios, aumentar a lotação de cuidados intensivos e abrir uma nova enfermaria.

Portugal registou, este domingo, um novo máximo de mortes em 24 horas. Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal regista 275 mortes relacionadas com a Covid-19 e 11.721 casos de infeção.

O boletim epidemiológico deste domingo revela também que estão internadas 6.117 pessoas (mais 195), das quais 742 em unidades de cuidados intensivos (mais 22).

Os números mostram que este é o dia com mais internamentos. Ou seja, nesta altura, restam 38 camas em UCI e 25 em enfermaria.