Os Estados Unidos impuseram sanções a várias empresas chinesas por causa da perseguição aos uigures, a minoria étnica e religiosa que vive na região de Xinjiang, no oeste do país.
A medida foi anunciada pela Administração Biden na quinta-feira e abrange várias empresas de tecnologia e de vigilância, que ficam proibidas de ter relações comerciais com os Estados Unidos. Entre as empresas incluem-se algumas entidades estatais, como a Academia de Ciências Médicas Militares e dos seus 11 institutos de pesquisa.
No mesmo dia o congresso aprovou uma lei que proíbe as importações da região de Xinjiang, salvo prova de que os produtos foram feitos sem recurso ao trabalho forçado. Essa lei deve ser promulgada por Biden em breve.
Os uigures são um povo de origem túrquica e de maioria islâmica. Há vários anos que os seus membros se queixam de discriminação por parte do Governo chinês, com medidas que variam entre a violação da liberdade religiosa e o encarceramento em massa, em “campos de reeducação” de até um milhão de pessoas. Há ainda relatos de abortos forçados, violação e tortura.
Estes mesmos “abusos dos direitos humanos e atrocidades” levaram os EUA a anunciar o boicote dos Jogos Olímpicos de Inverno, que se realizam na China. Os atletas americanos vão competir na mesma, mas nenhum representante político dos Estados Unidos estará presente.