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A Organização Mundial de Saúde (OMS) precisa de mais 1.200 milhões de euros para se financiar e aplicar o seu plano estratégico contra a pandemia de Covid-19, afirmou esta sexta-feira o diretor-geral daquela agência das Nações Unidas.
Em conferência de imprensa virtual a partir de Genebra, Tedros Ghebreyesus, afirmou que a estimativa do que a OMS precisa só para si, sem contar com outros esforços globais, é, na totalidade, de 1,56 mil milhões de euros.
“Esta estimativa inclui os fundos que a OMS recebeu até à data, o que deixa a resposta à Covid-19 com 1,3 mil milhões de dólares [1,2 mil milhões de euros] em falta” até ao fim de 2020, declarou.
Ghebreyesus manifestou a “profunda gratidão” da organização a todos os dadores que responderam ao primeiro apelo para financiar um plano de resposta à pandemia.
A versão atualizada deste plano concentra-se em cinco eixos: mobilização de todos os setores sociais, controlo de casos esporádicos e surtos localizados, supressão da transmissão comunitária, redução da mortalidade através de cuidados adequados e desenvolvimento de vacinas e terapias eficazes e seguras, referiu.
O diretor da Organização Mundial de Saúde defendeu que o sucesso na erradicação da varíola, há 40 anos, deve informar a luta contra a pandemia de Covid-19, que só se conseguirá com “solidariedade global”.
Ghebreyesus lembrou que hoje passam 40 anos desde que a varíola, que afetou os seres humanos durante pelo menos “três mil anos”, foi erradicada.
“Foi a única doença humana a ser erradicada globalmente” e é “um exemplo do que é possível quando as nações se unem para combater uma ameaça à saúde pública”, salientou o responsável da agência das Nações Unidas, e a mesma abordagem é precisa no que respeita ao combate à pandemia de Covid-19.
O combate à varíola tinha “uma ferramenta que o mundo ainda não tem” contra a Covid-19, salientou: uma vacina, a primeira de sempre.
Criada em 1796 por Edward Jenner, não foi suficiente para acabar com a doença até, quase duzentos anos mais tarde, se ter iniciado em 1967 uma campanha para a erradicação da varíola.
“Um fator decisivo foi a solidariedade global. Em plena Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética uniram forças”, lembrou, frisando que “nenhum vírus respeita nações ou ideologias”.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.114 pessoas das 27.268 confirmadas como infetadas, e há 2.422 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.