O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de São João, no Porto, diz que o país tem de melhorar a aposta na prevenção.
Na mesa-redonda que assinalou os 63 anos deste hospital, Fernando Araújo lembrou que essa aposta na prevenção “é aquela que nos permite ter mais ganhos na saúde, viver mais anos, com mais qualidade e permite ainda poupar mais dinheiro”.
A prevenção é, pois, aquela área “em que precisamos que o cidadão seja mais agente ativo”, para dessa forma se conseguir “mudar ou atrasar o curso da doença”.
“Dessa forma vamos conseguir dar mais qualidade de vida às pessoas”, afirmou.
O responsável assinalou os avanços que têm sido conseguidos ao nível farmacológico e garante que a aposta na investigação vai permitir uma medicina mais capaz.
"A inovação e o futuro é algo apaixonante que temos que integrar e liderar", referiu. Para o presidente do conselho de administração do Hospital de São João, a aposta na investigação permite "prestar uma medicina mais avançada, mais segura, uma medicina capaz de responder melhor às necessidades dos doentes".
Fernando Araújo sublinhou os progressos notáveis que a medicina e a saúde em geral têm conseguido e adianta que “quando imaginamos o futuro do ponto de vista da saúde” não podemos esquecer “a área farmacológica onde temos tido avanços notáveis, como por exemplo a terapia genética”, onde “temos mudado o curso normal das doenças”.
Para além de Fernando Araújo, a mesa-redonda, que foi moderada pelo jornalista da Renascença, Pedro Mesquita, contou ainda com a participação de Rui Diniz, presidente executivo da CUF e de Joana Paiva, fundadora do ILof, uma ‘startup’ nascida no INESC TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência) e incubada na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
A ‘startup’ foi, no final de 2019, uma das vencedoras de um programa de aceleração do EIT Health, o maior consórcio da área da saúde no mundo. Recebeu dois milhões de euros para, através da inteligência artificial e da fotónica, combater o Alzheimer.
Na sua intervenção Joana Paiva aludiu à necessidade de se criarem pontes com todas as áreas de atividade e pediu menos “rigidez” na aplicação dos fundos do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência).
Por sua vez, Rui Diniz destacou o esforço da CUF para aumentar o número de ensaios clínicos e defendeu o entendimento entre os sectores público e privado, afirmando que só através de um esforço conjunto se conseguirá vencer”.