Portugal registou 1.030 novos casos de VIH em 2016, confirmando a tendência de descida, com o maior número de infecções a ter origem em contactos heterossexuais, seguindo-se o sexo entre homens e o uso de drogas injectáveis.
Segundo o relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Portugal registou até hoje 56.001 diagnósticos de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), dos quais 1.030 em 2016.
O número de casos registados no ano passado representa uma descida de 13,6% em relação a 2015 e de 35% face a 2013.
Os valores mais recentes atribuem a Portugal uma taxa de 10 novos casos de VIH por 100 mil habitantes, refere o documento.
O relatório atribui mais novos casos a homens (734) do que a mulheres (296).
Segundo o ECDC e a OMS, em 2016 contabilizaram-se 366 novos casos de diagnóstico de VIH em homens infectados em situação de sexo com outros homens.
O uso de drogas injectáveis foi responsável por 30 novos diagnósticos no ano passado, enquanto o contacto heterossexual deu origem a 586 novos casos.
No mesmo período, ocorreram novos casos de VIH com origem na transmissão mãe-filho.
Os autores do documento indicam que uma em cada duas pessoas que vivem com o VIH na Europa diagnosticaram a doença tarde.