O secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira, diz à Renascença que o Governo pretende começar já em setembro e outubro a pagar bolsas a estudantes do Superior de modo a dar "mais confiança e mais previsibilidade" a estudantes e familias.
"É muito importante que estes estudantes que precisam de bolsa saibam rapidamente e tenham essa previsibilidade”, destaca Pedro Nuno Teixeira, acrescentando que “ao saberem no mesmo fim de semana que estão colocados e também que têm bolsa, isso pode ser um estímulo maior para os estudantes e para as suas famílias”.
“Ao darmos mais confiança e mais previsibilidade, pensamos que esta informação pode ser muito relevante para encorajar aqueles estudantes que irão estudar no ensino superior”, realça.
Nestas declarações, o secretário de Estado do Ensino Superior assegura que “todos os estudantes que se candidatem a bolsa ao mesmo tempo que se estão a candidatar ao Ensino Superior, receberão a confirmação no fim no último fim de semana de agosto.
Questionado sobre se há condições para cumprir estes prazos, o governante garante que sim e dá o exemplo deste ano em que - diz - foram pagas muitas bolsas em setembro e outubro.
“Com esta antecipação, a nossa expectativa é tornar isto ainda mais rápido e mais ágil e, portanto, começar a pagar ainda a mais estudantes em setembro ou em outubro”, frisa.
O Governo aprovou uma série de medidas para reforçar a ação social no Ensino Superior e alargou os critérios de elegibilidade para acesso às bolsas.
Neste contexto, passam a estar contemplados os estudantes cujas famílias tenham rendimentos per capita anuais até 11. 049,89 euros (em vez de 9. 484,27 euros). Já os trabalhadores-estudantes usufruirão de condições excecionais de acesso a bolsa.
Outra boa notícia tem a ver com o valor máximo da bolsa que aumenta para 5 981,73 euros/anuais, pago em 10 prestações mensais. Também o complemento de alojamento vai subir entre 20 a 26 euros, conforme o concelho onde o estudante estiver a residir.
“O limiar de bolsa aumenta, ou seja, há mais estudantes que são elegíveis para beneficiar de bolsa de estudo e que nós esperamos que traga mais alguns milhares de estudantes que passam a beneficiar de bolsa”, assinala.
O governante frisa ainda que foi também reforçado o complemento de alojamento “porque estamos conscientes que hoje um dos grandes obstáculos, um dos grandes pesos em termos do orçamento familiar para quem tem filhos a estudar no Ensino Superior, é o custo do alojamento quando os estudantes são deslocados”.