Criminalizar o "bullying" é a solução apontada pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) para um fenómeno que é crescente nas escolas portuguesas.
Apesar de este ser “um assunto que já está em debate há algum tempo”, condenar legalmente os casos de práticas violentas intencionais e repetidas “não é uma decisão fácil”, admite coordenadora do pólo de formação da APAV no Porto, Rosa Saavedra. Ainda assim, é a solução apontada para combater o problema.
De acordo com esta responsável da APAV, promover a mediação escolar e introduzir uma articulação com o trabalho comunitário podem ser formas de mediar a criminalização.
Rosa Saavedra lamenta "a inacção política" no sentido de criminalizar o fenómeno que regista um aumento de denúncias em Portugal.
Segundo um estudo da Unicef, com base em dados de 190 países, em cada três crianças, com idades entre os 13 e os 15 anos, em todo o mundo, uma é regularmente vítima de "bullying" na escola.
No Dia Mundial do Combate ao Bullying, comemorado esta segunda-feira, a Renascença foi até ao universo escolar para perceber como lidar com este tipo de práticas violentas repetidas. Segundo o director da secundária de Maximinos, em Braga, precaver e debelar casos de bullying não é fácil, o segredo está na atenção redobrada aos sinais.
Ouça reportagem da jornalista Isabel Pacheco.