Os trabalhos de rescaldo e vigilância do pós-incêndio na localidade de Teixoso, na Covilhã, estão a ser apoiados por seis pelotões do Exército, num total de 114 militares.
Uma nota enviada à redação refere ainda que na mesmo local, um destacamento de engenharia, com uma máquina de rasto, prossegue os trabalhos de apoio à abertura de caminhos que facilitem o acesso dos operacionais, bem como a criação de faixas corta-fogo para evitar que as chamas se propaguem.
“Estes trabalhos estão a ser desenvolvidos na sequência de um pedido da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) ao Estado-Maior-General das Forças Armadas”, refere o texto.
O Governo vai reunir-se na segunda-feira com os presidentes de câmara dos cinco concelhos mais afetados pelas chamas, com o objetivo de aferir os prejuízos causados e "estabelecer as medidas necessárias de apoio".
De acordo com informação transmitida à agência Lusa por fonte do gabinete da ministra da Presidência, esta reunião, na qual estarão presentes vários ministros, vai acontecer pelas 10h00em Manteigas (distrito da Guarda).
A serra da Estrela foi afetada por um incêndio que deflagrou no dia 6 de agosto em Garrocho, no concelho da Covilhã (distrito de Castelo Branco) e foi dado como dominado no sábado, dia 13, mas sofreu uma reativação na segunda-feira. Foi considerado novamente dominado na quarta-feira à noite.
As chamas estenderam-se ao distrito da Guarda, nos municípios de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, e atingiram ainda o concelho de Belmonte, no distrito de Castelo Branco.
Em 14 dias, as chamas consumiram 26 mil hectares de mato e floresta, segundo os dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios florestais.
Um grupo de seis autarcas exige a declaração do "estado de calamidade para toda área do Parque Natural da Serra da Estrela".