Esta quarta-feira é votado o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), no Parlamento. A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) convocou um protesto geral de trabalhadores no exterior da Assembleia da República.
Os manifestantes exigem os aumentos dos salários e das pensões. “Temos milhares de pessoas a passar fome”, dizem, defendendo que “é necessário que as pensões aumentem substancialmente”.
Em declarações aos jornalistas, a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, defende que o país não pode ficar congelado até às eleições de 10 de março de 2024, porque a população está a sofrer com a crise.
"Não vamos ficar à espera de eleições. Vamos continuar a exigir a resposta já, porque é agora que os trabalhadores estão a chegar ao fim do mês sem ter o suficiente para por comida na mesa e para pagar a habitação. Não é amanhã, não é daqui a três meses. É agora", declarou Isabel Camarinha.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, também se juntou à manifestação. “Esta gente põe o país a funcionar, criam riqueza, há lucros e dinheiro. É preciso que seja melhor distribuído”, afirma.
O PCP é um dos partidos que vai votar contra o OE2024, ainda que vá ser aprovado com o voto da maioria absoluta do PS. Já a pensar nas eleições de 10 de março, Paulo Raimundo não quer fazer cenários de acordo e pede um reforço de votos na CDU – coligação do PCP e d’Os Verdes.
Do lado dos professores, o sindicalista do STOP, André Pestana, promete manter os protestos caso não se invista na escola pública. "Venha quem vier no próximo governo eleito a 10 de março, mais à esquerda ou mais à direita, se não investir a sério na escola pública e na valorização de todos que lá trabalham e estudam, a luta vai claramente continuar".
Até às eleições, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário Nogueira, também promete pressão no sentido de obter resposta aos problemas dos professores. "Iremos, como é evidente, pressionar. Se não um dia destes as nossas escolas deixam de ter professores, tal é a quantidade dos que se aposentam".
"Não vamos ficar à espera de eleições. Vamos continuar a exigir a resposta já, porque é agora que os trabalhadores estão a chegar ao fim do mês sem ter o suficiente para por comida na mesa e para pagar a habitação. Não é amanhã, não é daqui a três meses. É agora", contesta a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.