Pelo menos seis palestinianos morreram num bombardeamento israelita contra o sul da Faixa de Gaza, na madrugada deste sábado, segundo a estação de televisão Al Jazeera.
A mesma cadeia de televisão dá conta de um ataque aéreo israelita contra edifícios residenciais na cidade de Khan Yunis.
Citando dados das Nações Unidas, a Al Jazeera avança que pelo menos 310 palestinianos foram mortos num período de 24 horas, entre quinta-feira e sexta-feira, quando os militares das Forças de Defesa de Israel bombardearam aquele território a partir do ar, da terra e do mar.
Na sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU acabou por chumbar a resolução que pedia um cessar-fogo na Faixa de Gaza, com o único voto contra, com poder de veto permanente, a ser dado pelos Estados Unidos.
O Ministro português dos Negócios Estrangeiros veio lamentar a decisão dos Estados Unidos. Em declarações à Agência Lusa, João Gomes Cravinho insiste na via do diálogo, sublinha que é urgente haver um cessar-fogo humanitário para permitir ajuda à população de Gaza e, ao mesmo tempo, que diz ser fundamental que haja uma “libertação sem condições” dos reféns às mãos do Hamas.
Um projeto de resolução apresentado à Organização Mundial de Saúde (OMS) por 17 países membros e pela Palestina, que tem um estatuto especial, exigiu na sexta-feira que Israel cumpra as suas obrigações de proteção do pessoal médico e humanitário, na Faixa de Gaza.
O texto deverá ser analisado no domingo, durante uma sessão especial do Conselho Executivo da Organização Mundial de Saúde, com o objetivo de debater "a situação sanitária nos Territórios Palestinianos".