O presidente do Turismo do Centro revela na Renascença que já há alojamentos com reservas canceladas na zona centro, devido aos incêndios que últimos dias deflagraram nos distritos de Castelo Branco e de Santarém.
"Temos alguns relatos de cancelamentos na Sertã, Proença-a-Nova e Vila de Rei. Felizmente nenhum destes estabelecimentos hoteleiros foi atingido, nem do ponto de vista da estrutura, nem do ponto de vista dos meios que lhes estão associados”, revela Pedro Machado.
“Os cancelamentos devem-se essencialmente à perceção da segurança", acrescenta.
Nesta entrevista, Pedro Machado diz recear que a situação possa prejudicar a taxa de crescimento que o turismo da região tem conseguido registar, apesar do trágico ano de 2017.
"O Centro de Portugal tem vindo a registar, sobretudo desde 2012/2013, um crescimento médio anual na ordem dos 7,7%, o que significa que os nossos produtos turísticos - a natureza, o turismo ativo, o património, a cultura, a gastronomia, a saúde e bem-estar - estão cada vez mais nas preferências dos portugueses mas, em particular, dos mercados externos”, garante.
Sobre o mercado externo, o presidente do Turismo do Centro refere que têm acolhido, sobretudo, brasileiros e norte-americanos.
Apesar do número de visitantes ter escapado aos efeitos dos incêndios de 2017, Pedro Machado reconhece que, na paisagem, ainda são visíveis as marcas do fogo.
“É importante que tenhamos todos consciência de que os efeitos nocivos de 2017 ainda não estão ultrapassados, a paisagem ainda não está recuperada”, refere, acrescentando haver necessidade de “continuar a trabalhar no sentido de mudar a prestação do mercado interno”.
Nesse sentido, este responsável revela que estão a trabalhar com o Turismo de Portugal em campanhas de dinamização do mercado interno, entre outras.