Entrevistado pela Renascença, o almirante Gouveia e Melo recorda diversas missões em que participou com D. Rui Valério - em África, nomeadamente - e a forma como se aproximava das pessoas, envolvendo as Forças Armadas.
Como reage à notícia de que D. Rui Valério - bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança - será Patriarca de Lisboa?
Fico muito alegre por saber que D. Rui Valério foi nomeado pelo Santo Padre para estas novas funções. Foi sempre um excelente capelão das Forças Armadas. Nós temos relações muito próximas e viajei diversas vezes com ele a São Tomé, e noutras situações, e tudo fez para estar muito próximo das pessoas e mobilizar as Forças Armadas para também ajudarem nessas missões. Vi sempre um trabalho extraordinário de D. Rui Valério e, portanto, fico muito contente. Estou mesmo muito satisfeito por esta nomeação.
Quais são para si as principais marcas de personalidade de D. Rui Valério?
Eu acho que a grande marca é uma humildade extraordinária, uma grande fé no ser humano, na redenção do ser humano e uma grande bondade. E essas coisas, todas unidas, fazem dele uma pessoa muito especial.
Uma pessoa próxima dos militares, qualquer que fosse a patente, é isso?
Muito próximo de todos os militares, independentemente da patente. Muito respeitador, muito cordato. É uma pessoa de trato muito fácil, muito leal e muito amigo.