Presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) recusou falar, esta quarta-feira, sobre a saída da ex-secretária de Estado Alexandra Reis da administração da TAP.
Juliano Ferreirafoi questionado sobre a informação incorreta enviada pela TAP ao regulador, mas não prestou explicações.
Confirmou apenas que o processo se mantém aberto. “Nem tudo pode nem deve ser regulado. Porque a regulação também, às vezes, não só significa um ónus, mas também, num determinado momento, às vezes, parece que vem até criar um selo de alguma garantia e isso pode ser indutor de efeitos perversos. Portanto, aquilo que acontece é que nesses casos temos é de tornar claro que em determinadas áreas as pessoas estão por sua conta e risco”, disse.
A CMVM voltou ainda a alertar para o risco associado às criptomoedas, um investimento que não é regulado.
O presidente do organismo, Luís Laginha de Sousa, defende que este tipo de ativos não deve ter regulação, é preciso que as pessoas percebam que “estão por sua conta e risco”.
“Não sendo possível, por restrições legais, endereçar aspetos que estão a ser objeto de supervisão, como foi o caso que referiu, aquilo que falta à atuação da CMVM é precisamente garantir que todos os factos que são relevantes nesta vertente de divulgação pública para efeitos de exercício dos direitos dos investidores, dos acionistas, dos obrigacionistas, de quem seja, sejam do conhecimento do mercado”, disse.
O administrador Juliano Ferreira revelou que a OPA da Boavista SAD "está em curso" e admitiu “dificuldades no início do processo", mas, neste momento, só falta o registo e publicação do prospeto.