O número de pessoas detidas durante os distúrbios, em França, ao fim da terceira noite consecutiva de protestos, aumentou para 677, de acordo com as autoridades policiais francesas. Só em Paris foram detidas 307 pessoas.
Segundo o ministro do interior francês, pelo menos 249 elementos das forças policiais ficaram feridos esta madrugada.
Horas antes, a edição online do jornal Le Figaro especificava que 242 detenções foram realizadas na região de Île-de-France, que circunda a capital francesa, Paris. A maioria dos detidos tem idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos.
Nesta zona, pelos menos 20 autocarros foram incendiados, pelo que as autoridades temem um dia bastante complicado nos transportes.
O Ministro do Interior francês deslocou-se à sede da polícia nacional, na noite desta quinta-feira, já depois de o Governo ter mobilizado 40 mil agentes em todo o país, numa tentativa de conter a onda de violência que assola o país.
Na terceira noite consecutiva de distúrbios, verificaram-se pilhagens em lojas, para além de carros e edifícios incendiados.
Em Roubaix (região norte do país), cerca de 30 manifestantes saquearam um supermercado, segundo testemunhas, antes de o incendiarem.
Em Lille, a câmara municipal de Wazemmes também ficou em chamas, depois de os manifestantes terem incendiado o rés-do-chão do edifício.
A situação em Nanterre, onde os confrontos com as autoridades eclodiram inicialmente, também permanece tensa. A polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar os protestos.
As ruas de várias cidades francesas estão a ser patrulhadas por unidades especiais da polícia, apoiadas por veículos blindados e helicópteros, sendo que em algumas dessas cidades entrou em vigor um regime de recolher obrigatório, até à madrugada de segunda-feira.
Os tumultos sucedem-se à morte de um jovem, às mãos da polícia, durante uma operação STOP, na passada terça-feira em Nanterre.
O agente que disparou o tiro foi acusado de homicídio voluntário.
[notícia atualizada as 07h57 de 30 de junho de 2023]