O ex-primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu mantém uma maioria confortável para formar um Governo de coligação, com 90,7% dos votos contados nas legislativas de terça-feira, segundo dados da Comissão Central de Eleições.
O partido de direita Likud ultrapassou o limiar de um milhão de votos e assegurou já 32 lugares no parlamento (Knesset), de acordo com a agência espanhola EFE.
Aos deputados eleitos pelo Likud juntam-se os 14 do Sionismo Religioso e os 19 dos dois partidos ultraortodoxos que compõem o bloco pró-Netanyahu.
Estes resultados asseguram 65 dos 120 lugares do parlamento, uma maioria confortável para o regresso de Netanyahu, que leva 15 anos acumulados no poder.
Em contraste, a derrota do bloco de partidos anti-Netanyahu, liderado pelo primeiro-ministro em exercício, Yair Lapid, está a tornar-se cada vez mais concreta.
O partido centralista da Lapid Yesh Atid conseguiu manter o segundo lugar com 24 deputados, mas os seus parceiros no centro, à direita e à esquerda tiveram um desempenho desastroso, enfraquecendo o bloco.
Quem fica de fora?
No total, têm 55 lugares, incluindo 12 para o partido da Unidade Nacional, liderado pelo atual ministro da defesa, Benny Gantz.
O histórico Partido Trabalhista, que governou Israel durante quatro décadas, mal ganha o mínimo de quatro lugares, enquanto o pacifista Meretz não ultrapassa o limiar eleitoral e estará fora do parlamento pela primeira vez desde a sua criação em 1992.
O partido Balad árabe também parece estar fora do Knesset.
A maioria dos votos regulares já foi contada, faltando a verificação dos votos por correspondência de eleitores de bases militares, hospitais, lares, prisões e embaixadas.
Esta eleição, cujos resultados são esperados esta quinta-feira à noite, é a quinta em Israel em menos de quatro anos.
As sondagens pré-eleitorais tinham indicado que haveria um impasse, sem um bloco com uma maioria suficiente para formar um governo, suscitando receios de uma nova ida às urnas em 2023.
Mas os resultados parciais mostram que o bloco de Netanyahu terá espaço para governar com uma coligação de direita homogénea a nível ideológico, segundo a EFE.