Algumas das principais plataformas de streaming podem ficar mais caras este ano, em especial se os utilizadores quiserem uma experiência sem publicidade.
A Netflix admitiu aos investidores que novos aumentos aos planos de subscrição não está fora de questão, apesar de ter fechado 2023 em alta, ganhando globalmente mais 1.3 milhões de subscritores no último trimestre. A empresa líder de mercado tomou a decisão de restringir a partilha de passwords entre utilizadores e dispositivos e, mesmo tendo sido contestada, acabou por resultar em mais subscritores e receita.
A plataforma fechou um acordo com a empresa de luta livre WWE para transmitir, a partir de 2025, todo o seu conteúdo, em direto, em todos os países fora dos Estados Unidos. Haverá, ainda, a possibilidade do arquivo expansivo da WWE ficar disponível na Netflix e a empresa já anunciou que planeia desenvolver documentários sobre a história da luta livre.
Ao todo, a Netflix pagou à WWE mais de 4.6 mil milhões de euros para um acordo de dez anos, que pode ser prolongado por mais dez. Em territórios fora dos Estados Unidos, incluindo Portugal, serão transmitidos em direto três programas por semana (WWE Monday Night RAW, WWE NXT, WWE Friday Night Smackdown) e, igualmente, eventos premium como a Wrestlemania.
Para lá de um eventual aumento de preços em todos os planos de subscrição, há ainda a possibilidade de acabar com opções intermédias, deixando apenas a versão mais barata com publicidade e pouca qualidade de imagem e a opção premium, sem publicidade e imagem em Full HD.
Em Portugal, a plataforma ainda não implementou o modelo com publicidade, contudo esta subscrição mais barata tem sido um sucesso a nível internacional, o que pode motivar a Netflix a trazer o plano para Portugal e restantes países.
Neste momento, o plano básico da Netflix Portugal custa 7,99 euros por mês, o standard (que pode acabar) é 11,99 por mês e o plano Premium cobra 15,99 euros.
Prime Video passa a ter publicidade
A Amazon Prime Video começa, a partir desta semana, a implementar publicidade nos seus conteúdos em vários países, como Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Reino Unido.
Por cada hora de consumo, os utilizadores vão ter de assistir a espaços comerciais com duração de 3,5 minutos. Para evitarem a publicidade, os utilizadores podem optar por pagar mais 2,99 dólares.
Para Portugal, em que subscrição mensal custa 4,99 euros e a anual é de 49,90 euros, esta medida ainda não está contemplada.
No entanto, a expectativa da empresa é de progressivamente expandir o modelo com publicidade para vários países, até ao final de 2024. França, Itália, Espanha, México e Austrália são os que avançam na segunda fase.