Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
Itália registou nas últimas 24 horas mais 37.242 novos casos de Covid-19, contabilizando também mais 699 mortes, números em linha com os registados nos últimos dias e que indiciam que a curva da pandemia estará a achatar-se.
Segundo os dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde italiano esta sexta-feira, desde o início da pandemia, em fevereiro, Itália contabilizou oficialmente 1.345.767 casos de infeção e 48.569 óbitos.
“Nos últimos dias, o número de casos começou a manter-se e isto indica uma desaceleração da incidência”, referiu o presidente do Instituto Superior de Saúde italiano, Silvio Brusaferro, numa conferência de imprensa, advertindo, porém, que a pandemia “está a afetar todo o país”, razão pela qual todos devem manter-se “atentos”.
Brusaferro salientou que a taxa de incidência acumulada dos últimos 14 dias é de 732 casos por 100 mil habitantes, pelo que a pandemia “continua a manter-se em níveis críticos”.
Segundo os dados oficiais, estão hospitalizados 33.957 infetados, 3.748 deles internados em unidades de cuidados intensivos.
Vários especialistas que estão a assessorar o Governo italiano assinalaram que, apesar de ter descido o índice Rt de transmissão em comparação com a semana anterior, “não se pode cantar vitória”, uma vez que ainda está acima do valor 1, o que significa que os casos continuam a aumentar, mas mais lentamente.
Por seu lado, o presidente do Conselho Superior de Saúde italiano, Franco Locatelli, indicou que as medidas diferenciadas aprovadas pelas várias regiões do país, “estão a ter eficácia”, reforçando a ideia de que se deve ter ainda mais cuidados.
“Afirmo muito claramente que estes indicadores de melhoria e de desaceleração da curva devem constituir um convite para sermos ainda mais rigorosos. Tem de se baixar o Rt para níveis inferiores a 1. Evitemos repetir os erros do passado”, avisou, aludindo à reabertura da sociedade após o fim do confinamento na primavera.
Os índices de ocupação das unidades de cuidados intensivos, salientou, por sua vez, Gianni Rezza, diretor-geral da Prevenção Sanitária do Ministério da Saúde italiano, “não são positivos”, pelo que a atual situação não será viável por muito mais tempo.
Segundo o relatório de acompanhamento semanal do Instituto Superior de Saúde italiano e do Ministério da Saúde local, a taxa de Rt da transmissão de Covid-19 baixou de 1,4 para 1,18 entre os casos sintomáticos.
A maioria das regiões italianas tem agora uma taxa média entre 1 e 1,25, tendo mesmo passado para valores inferiores a 1 nalgumas regiões, como na de Lácio, cuja capital é Roma.
O relatório adianta ainda que, a 17 deste mês, 18 regiões tinham ultrapassado o limite crítico de admissões hospitalares e de camas em unidades de cuidados intensivos.
A Lombardia, com quase 10 mil novos casos, continua a ser a região mais afetada, seguida pelas de Campânia, Piemonte e Véneto.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.360.914 mortos resultantes de mais de 56,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.