Israel declarou legais 53 colonatos na Cisjordânia. A decisão foi tomada esta segunda-feira ao final do dia, após uma votação no Parlamento.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, encurtou a visita ao Reino Unido para participar na votação histórica da primeira lei sobre o território palestiniano em quase 50 anos de ocupação.
A chamada "lei de regularização de postos avançados" ou "colonatos ilegais" - no caso, mais de 50 - que foram construídos em terrenos de propriedade privada palestiniana, foi aprovada com 65 votos a favor e 52 contra.
A entrada em vigor da lei implica a expropriação de cerca de 800 hectares de terrenos privados, onde foram construídas cerca de quatro mil casas de colonos judeus sem autorizações legais.
Netanyahu já terá informado o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da aprovação de lei, que se prevê que seja alvo de contestação pela comunidade internacional que considera ilegais todos os colonatos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
Mas a decisão do Parlamento israelita pode ser meramente simbólica e deverá esbarrar no Supremo Tribunal.
O procurador-geral de Israel já disse que a legalização dos colonatos na Cisjordânia é inconstitucional e não vai defender a medida na Supremo Tribunal.