Vieira da Silva sobre o caso Raríssimas: "Estou absolutamente tranquilo"
14-12-2017 - 16:41

Ministro da Segurança Social revela que foi ele a pedir para ir ao Parlamento, na próxima segunda-feira, prestar todos os esclarecimentos aos deputados sobre o caso Raríssimas.

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O ministro da Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, afirmou esta quinta-feira que está "absolutamente tranquilo" na sequência do caso da associação Raríssimas.

"Tenho total tranquilidade sobre a forma como esta instituição foi tratada, segundo as normas que regem as relações entre estado e instituições sociais", declarou o governante.

"Estou absolutamente tranquilo sobre os serviços do Ministério e sobre o meu comportamento ao longo destes anos", disse Vieira da Silva aos jornalistas.

O ministro da Segurança Social revelou que foi ele a pedir para ir ao Parlamento, na próxima segunda-feira, prestar todos os esclarecimentos aos deputados sobre o caso Raríssimas.

Vieira da Silva acrescentou que está a decorrer uma acção de inspecção na Raríssimas e que uma equipa da Segurança Social está na instituição para "assegurar que as crianças possam continuar a ter resposta eficaz e de qualidade".

O primeiro-ministro mantém “total confiança política” no ministro da Segurança Social, Vieira da Silva. António Costa comentou esta quinta-feira, pela primeira vez, o caso Raríssimas.

O ministro foi vice-presidente da assembleia-geral da Raríssimas, entre 2013 e 2015, e chegou a aprovar contas da instituição que apoia crianças com deficiências e doenças raras e que agora está envolvida numa polémica sobre alegado uso indevido de fundos.

Uma reportagem emitida pela TVI no sábado denunciou o alegado uso, pela presidente, de dinheiro da associação de ajuda a pessoas com doenças raras, a Raríssimas, para fins pessoais.

Na reportagem era também adiantado que o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, foi contratado entre 2013 e 2014 pela associação Raríssimas, com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros.

Paula Brito e Costa e Manuel Delgado anunciaram na terça-feira que se demitiam dos respectivos cargos.

Esta quinta-feira, os trabalhadores da Raríssimas avisaram que a associação está em risco de fechar por falta de acesso às contas bancárias e apelaram ao primeiro-ministro para que envie uma direcção idónea para permitir o funcionamento. O Presidente da República revelou, depois, que o Governo já "mandou uma equipa para garantir o funcionamento da Raríssimas".

Na quarta-feira, elementos da Inspecção-geral do Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social estiveram na Associação Raríssimas para dar início à inspecção na instituição.