A proposta de Orçamento Suplementar prevê mais 4.300 milhões de despesa e um défice de 6,3%, afirmou esta terça-feira João Leão, atual secretário de Estado do Orçamento e futuro ministro das Finanças.
“Nos últimos cinco anos esta equipa preparou e executou cinco Orçamentos do Estado. Foram anos de muito trabalho que nos permitiram atingir o primeiro excedente orçamental. Construímos bases financeiras solidas para Portugal enfrentar esta crise sem precedentes”, declarou João Leão na apresentação do Orçamento Suplementar.
O futuro ministro considera que o pacote de medidas de estabilização económica e social é fundamental para que, numa segunda fase, "voltemos a recuperar a economia e de novo a conseguir o equilíbrio virtuoso entre crescimento da economia e do emprego, ao mesmo tempo que temos contas certas”.
O Governo prevê que em 2021 "ocorra uma recuperação significativa da economia", com um crescimento do PIB de 4,3%, e uma "redução significativa" do défice orçamental, que deverá ficar abaixo dos 3%, afirma João Leão.
"Este programa de estabilização que apresentamos, e a fase seguinte de recuperação económica, é o caminho que nos permite assegurar a confiança e a estabilidade económica e social a todos os portugueses", afirmou o secretário de Estado do Orçamento.
Na sua última apresentação de um Orçamento, o ministro cessante das Finanças, Mário Centeno, adiantou que a dívida pública vai aumentar de 117,3 para de 134,4 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) até ao final do ano.
Por seu lado, o limite do endividamento do Estado passa de 10 mil milhões de euros para 20 mil milhões.