Fábio Veríssimo volta ao olho do furacão depois da polémica criada em redor do amarelo mostrado a João Palhinha. O árbitro de Leiria voltou a apitar e logo um Belenenses SAD-FC Porto que terminou com muitas criticas apontadas pelos jogadores e treinador portistas à sua atuação.

A ação disciplinar, ou a falta dela, e o desacerto técnico são falhas que levam o antigo dirigente dos azuis e brancos, Guilherme Aguiar, a apontar em Bola Branca o dedo à equipa de arbitragem.

Veríssimo é classificado como tendo efetuado a "arbitragem mais vergonhosa" das últimas temporadas. Aliás, para o ex-dirigente o leiriense "não tem o mais pequeno nível para ser internacional", sem imputar-lhe intenções diz mesmo que "é mau e medíocre".

Critério nas nomeações

E no seguimento das suas declarações, continua dirigindo-se a Fontelas Gomes e ao Conselho de Arbitragem para reclamar "critério" nas nomeações e sugere que não é tempo de recuperar "a história da jarra", em que os juízes ficam sem apitar por algum tempo.

Guilherme Aguiar recorda o "precedente tenebroso" numa má decisão de Veríssimo e que levou o Sporting a recorrer aos tribunais comuns para suspender uma decisão dos tribunais desportivos.

Mas os alertas não se ficam por aqui. O ex-vice dos azuis e brancos avisa ainda Cláudia Santos, presidente do Conselho de Disciplina (CD), sobre eventuais sanções a Sérgio Conceição e a Marega, pelos protestos com o árbitro após o lance de Nanu.

"Agora vem o CD dizer que temos que manter a postura. Mas como é que é possível? Será que a senhora presidente, perante uma circunstância como esta mantinha a postura? Sobretudo, se se tratasse do clube que é simpatizante [alusão ao Benfica]? São essas coisas. Isto tem de ser equilibrado nas equipas, nos árbitros e nós órgãos que fazem a disciplina e a arbitragem", exige.

Recurso do resultado para os tribunais

Perante os acontecimentos do Jamor, Guilherme Aguiar, depois do precedente aberto pelo Sporting no caso que envolveu Palhinha, sugere ao FC Porto recurso para o Tribunal Administrativo ou para o Tribunal Arbitral do Desporto, no sentido de "mandar suspender o resultado do jogo".

O argumento, defende, pode passar por explicar que os campeões nacionais se sentem "espoliados em dois lances disciplinares que eram de visão obrigatória".

No plano desportivo, e caso o Sporting vença o Marítimo na Madeira, a diferença pontual pode subir para os seis pontos, em relação ao líder.

Os dragões têm um calendário complicado pela frente e a situação, admite o antigo dirigente, pode ser "preocupante", embora lembre que ainda falta muito campeonato e que em situações semelhantes, o FC Porto já perdeu e já ganhou a Liga.